sábado, 20 de abril de 2013

Como estamos sentindo nosso dia?


Como estamos sentimos nosso dia? Talvez aquela instigante música ou aquela significativa conversa tenha passado tão despercebida quanto nossa razão de ser. Cada dia inventamos novas formas de ignorar o tempo, novas maneiras de servir à insípida distração. Possuímos tanto, mas ainda sim nos acomodamos ao fluxo: tudo se torna apenas mais um movimento sem a pretensão do verdadeiro sabor de ser humano, sem aquele imenso sentimento de pertencimento a algo maior que à simples sobrevivência...


Canções ausentes


Faço parte de canções que
                       iluminam esta imensa
     batida chamada vida

E na procura das intensas
         letras e melodias
              do ritmo felicidade

Aprendi a grandeza das canções
já ouvidas, mas ainda sim,
          ainda então desconhecidas

No alerta do amanhecer ou
        na intrigante penumbra
        mal sentia as notas das suaves lições

     Das canções que sempre estiveram aqui
                     antes desafinadas ao meu
     gosto pueril de gente grande

        Das canções hoje atendidas por um
  ouvido mais atento
         à harmonia das significantes vozes

Pois assim me enriqueço em novas
         formas, sugando cada momento
      como se fosse o ontem e o hoje

Ganhando este espaço chamado gente
         nas canções que hoje experimento,
         compreendo e atualizo

Em partes tão esquecidas de
       minha força
          chamada alma,
       as mais belas sintonias do sentir

Tocando na pauta do
       desconhecido futuro
       amparado porém nas antigas canções
    que carregam o presente das mais eloqüentes lições

H      B R
     S         U SH
 

Eco


Precisamos somente de uma melodia
de uma melodia para ecoar
para ecoar nossas infinitas razões.
Daquela mesma ou outra melodia
outra melodia que cuida do que
do que mais nos alcança.
Devemos escutar a vida das canções
das canções desconhecidas, dos significantes
dos significantes pormenores aviltados
aviltados por nossa arrogante distração.
Queremos sim uma poesia, apenas uma
apenas uma poesia capaz de ser mais
de ser mais do que nosso pobre movimento.
Precisamos querer o que ainda não
o que ainda não sabemos ver
sabemos ver nas vigilantes imagens
vigilantes imagens do sábio mundo.
Somente uma canção ou uma poesia ou
ou uma narrativa ou uma imagem ou
ou um pedaço de nossa existência
de nossa existência que ainda nos falta
nos falta sentir para realmente
realmente sermos mais do que um eco
do que um eco no ritmo insano do mundo.

hhhsssbbbrrruuussshhh