quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cálculo da felicidade


A felicidade distancia

pouco que afasta

ilusão de

controle


Calculei minha paz à custa do silêncio

O outro é apenas instrumento, porta de entrada

para mim mesmo (...)

O outro é pedra, parede, obstáculo, porta de saída

para mim mesmo (...)



Calculo os anos, as despesas, as pessoas

Tudo é somente número na soma que diminui e divide

Você é número, ele é número; “nós”, palavra vazia...




Distância.




Vivo no meu mundo e ignoro mundos

Morro para muitos e acredito ser completo


A felicidade distancia

pede pra sair

saia!


Esqueço passados, rostos, telefones

Tudo isso é intromissão neste pequeno mundo

Até que um dia... O medíocre isolamento!

O medíocre isolamento! O medíocre isolamento!

O cálculo se fez palavra > inesperado, inesperado (...)

E o cálculo não teve sentido, não teve significado:


Sozinha, sozinho, ela, ele, esperava uma visita, um telefonema, um e-mail.

Mas os números não podiam mais ser gente.

Não podiam mais.

Não mais.

Não.


Hsb.

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