Pressa
Não consigo esquecer sua pressa de
amar
Esse olhar de pedinte tão simples
e abusado
Somos dois adolescentes em vestes
de adultos
Certamente não posso esquecer o
seu rosto
E sua geniosa pressa de amar.
Não consigo entender as solitárias
horas
Encarar o vazio que aplaude o
tédio
Ou vagar na escuridão de sua
ausência assim
Dois corpos temerosos pelo nunca
mais
Da necessária e ocupada nudez.
Não posso abandonar o ponteiro
De nossas imprescindíveis horas
Ou deixar o abraço de seu vivo
perfume
Somos pele, braços, pernas no
limite do tempo
Intensamente feitos para resistir ao
inconveniente
E inaceitável aceno de adeus.
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