O abismo
Não estamos sós
Quando avistamos
o abismo.
Nem mesmo
Abandonados na Desrazão
Do Precipício.
Envolvidos no fosso
Que assombra
As terríveis pegadas...
Isolados e pesados
Pelo vazio do
Do Desconhecido...
A dois passos
Do esquecimento
E do eterno silêncio...
Precipitados nas incertezas
Que nos fazem
Gritar e gritar...
Até que o choro
Inunde a escuridão
De nossas mentirosas Verdades.
E que a vida diga
Sim ao caminho
Não trilhado.
Para que o abismo
Veja a luz de nosso olhar
Adormecido.
E este nosso coração
Agrida o ruído
Verdadeiramente
Não estamos sozinhos
Neste nosso abismo...
Se a vida que ainda
Queremos ainda está
No novo impulso
No misterioso impulso
Que nem o abismo – nem o abismo!
Pode aniquilar.
Huddie
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