quarta-feira, 11 de maio de 2016


O abismo
 
Não estamos sós
Quando avistamos
o abismo.

Nem mesmo
Abandonados na Desrazão
Do Precipício.

Envolvidos no fosso
Que assombra
As terríveis pegadas...

Isolados e pesados
Pelo vazio do
Do Desconhecido...

A dois passos
Do esquecimento
E do eterno silêncio...

Precipitados nas incertezas
Que nos fazem
Gritar e gritar...

Até que o choro

Inunde a escuridão
De nossas mentirosas Verdades.

E que a vida diga
Sim ao caminho
Não trilhado.

Para que o abismo
Veja a luz de nosso olhar
Adormecido.

E este nosso coração
Agrida o ruído
Que nos faz ruir...

Verdadeiramente
Não estamos sozinhos
Neste nosso abismo...

Se a vida que ainda
Queremos ainda está
No novo impulso

No misterioso impulso
Que nem o abismo – nem o abismo!

Pode aniquilar.

Huddie

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