terça-feira, 4 de maio de 2010






Sem palavras

Se no silêncio eu puder te amar,
Saberei, então, quem sou;
Ouvindo as notas de teu corpo mudo,
Sentido o cheiro de teus lábios
E o grito do meu coração.

Se nesse silêncio eu te encontro,
Nasce, então, minha poesia.
Sem rima, verso ou palavra.
Somente meu corpo chagado
Buscando a infinitude da tua alma.

É, pois, no abraço que o silêncio se completa!
E na delicadeza do toque, escrevemos
nossa história;
E nos beijos, guardo teu corpo febril.

Nasce o grito do silêncio,
do diálogo do olhar,
da força de algo que um dia foi palavra.

Dois corpos, dois corações
Duas vidas, uma só necessidade.
Silêncio e despertar...

Já sei quem sou,
Encontrei minha poesia viva.

Se no silêncio eu puder te amar...

Hsbrush

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