terça-feira, 4 de maio de 2010

Sonho-real

Esta inerme mania de sonhar,
Este impulso-sentimento sem aparente razão!
Quando acordo, quando caminho, quando insisto,
E como o real nos faz gente, a gente sonha para

real – izar – sonho que não ensina o porquê:
faça, apenas faça!

E como se não bastasse essa persistente
ordem interior, outras vozes teimam
em dizer (em empurrar) o sonho sem saber o que é sonhar.

É distância, é sofrimento, dissabor
se tudo parecer falhar – vida / objetivo, existir / conviver
sentir / receber...

Sofrer sem aparente saída... sem aparente saída...

Então um sonho que não era sonho começa
a ser real – diante do inesperado,
uma divina solução de um sonho-real não pensado.

Hudson dos Santos Barros

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