terça-feira, 7 de junho de 2011


Versos vigilantes


Meus versos dormem

Para serem os olhos que despertam

Dormem para serem os olhos

que despertam a noite dos teus olhos.

Como ventos de inverno eles agridem

Com ventos iniludíveis eles agridem e reformam

Meus versos são vigias

São vigilantes da tua emoção esgotada.

Quietos, atentos, mordazes, salubres,

Os versos guardam

Aguardam o “sim” da tua tímida intimidade

Guardam o melhor ao do teu caos interior,

do meu.

Os versos dormem, porém sonham

porém sonham com o algo mais ainda velado

porém crescem em vidas despercebidamente desmedidas

Os versos sonham

para um dia (uma noite) serem tua realidade inaugurada.


Hudson S. B.

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