segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Individualidade: liberdade e/ou tirania?


Muito prazer, eu sou a...

Estranho amor este que agride o mundo e aos seus,
Estapafúrdia felicidade esta, desinteressada, distraída, displicente;
Esquisito prazer sem vocação para o outro,
Estrambótico ser este quem sou sem perceber a imprescindível soma...

Atabalhoada eu digo adeus a tudo em prol do instinto;
Aturdida pela ignorância me desencontro sem perceber;
Atrapalhada por entregas predatórias dos meus sentidos vãos;
Azoinada por infantilidades adultas, por humildes orgulhos...

E na guerra dos sinônimos atos, repito minhas fraquezas,
Repito sem querer entender, repito sob a máscara das desculpas;
Ecos de minha personalidade alheia ao melhor, ecos, ecos, ecos,
Ecos deste estranho, esquisito, estrambótico ser que
atabalhoa, aturde, atrapalha, azoina a própria vida...

É na guerra dos sinônimos pensamentos, é no ciclo da futilidade...
Estranho mundo que me torna estranha, e repercute sem querer
entender, sob a máscara das desculpas, orgulhosamente alheia.
Orgulhosamente alheia à dor alheia, parecida apenas comigo mesma.

Muito prazer, eu sou a individualidade: individualista, iterativa, indivisível,
Indiferente aos indigentes fardos da preocupação: infiel aos antônimos presentes,
ingrata aos parônimos amigos.

HSB-RUSH

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