Tempo gasto
Me entrego a
tempos tão estranhos
quanto meu próprio
“eu”.
Tão doente
pra ficar feliz, tão remédio pra encobrir a cor
de um uma
história longa e branca.
Meu tempo é
a dispersão,
Felicidade vazia
cheia de gente!
Por isso
estou copo, estou rede,
sede ainda
voraz pelo nada a mais.
Momentos de
plástico, créditos esquecidos,
Débitos tão
imperfeitos quanto o próprio pensamento.
Sou tempo
gasto e preço perdido,
Tão estranho
quanto um dia sem mim.
Meu passado
indigente, meu presente
emprestado ao
indiferente vento.
E para
tantos passos sem pegadas assim,
Me entrego
ao meu destino
de um nome a
mais.
De
felicidade tão estranha
quanto o
próprio
esquecimento.
Huddie
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