segunda-feira, 3 de dezembro de 2012




Tempo gasto

Me entrego a tempos tão estranhos
quanto meu próprio “eu”.
Tão doente pra ficar feliz, tão remédio pra encobrir a cor
de um uma história longa e branca.

Meu tempo é a dispersão,
Felicidade vazia cheia de gente!
Por isso estou copo, estou rede,
sede ainda voraz pelo nada a mais.
Momentos de plástico, créditos esquecidos,
Débitos tão imperfeitos quanto o próprio pensamento.


Sou tempo gasto e preço perdido,
Tão estranho quanto um dia sem mim.
Meu passado indigente, meu presente
emprestado ao indiferente vento.

E para tantos passos sem pegadas assim,
Me entrego ao meu destino
de um nome a mais.
De felicidade tão estranha
quanto o próprio
esquecimento.

Huddie

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