Nem sempre estar bem é o suficiente
Na rotina diária,
quando respondemos a um colega ou a um conhecido que "estamos bem",
estamos cumprindo um ritual social e exercendo a função fática da linguagem;
contudo, quando somos confrontados - por outrem ou por nós mesmos - com esse
questionamento e não conseguimos ver além de nossos confortos regulares, talvez
estejamos perdendo uma ótima oportunidade de transgredir nossas limitações e de
nos lançarmos a inovadores pensamentos e ações. Certos confortos podem esconder
modos de ser que sabotam nosso trajeto rumo a uma vivência menos lacunar, menos
repetitiva. E quando não vamos em busca do que nos falta, corremos o risco de
não obtermos o equilíbrio indispensável para uma vida mais significativa.
A renovação do significado
existencial é acompanhada pelos desafios que propomos às nossas disposições
particulares. Desafios esses que necessitam provocar aprendizados que nos
tornem mais capazes de enfrentar os insucessos e mais aptos a nos abrirmos, com
discernimento, ao fluxo das valiosas tentativas. Certamente não é fácil.
Entretanto, nem sempre temos que percorrer tais desafios sozinhos, por isso
somos humanos. Diz Cecília Meireles no poema Reinvenção: “Porque a vida, a vida, a vida, só é possível
reinventada”. Todavia, para que essa reinvenção seja possível, devemos
incomodar nossas satisfações atuais. Isso não significa uma atitude de ingratidão
ou de rebeldia perpétua ou ter o foco somente no futuro à procura constante do
inalcançável. Não implica necessariamente ignorar o passado, desprezar amizades
ou destruir pessoas. Às vezes, algumas perdas ou erros acontecem. Às vezes,
infelizmente, alguns erros e perdas devem acontecer. Cabe a nós - em constante
atitude de escuta do outro e de autoanálise - nos indagarmos se alguns desafios
valem o preço.
Acredito que devemos ser gratos
por nossas conquistas e usufruí-las amplamente. No entanto, a vida é tão
misteriosa e tão grande que resumi-la apenas à nossa percepção de ordem parece
ser pouco. Nem sempre estar bem é o suficiente. Penso que o desafio, o
aprendizado, a renovação e a possibilidade soarão mais atrativos se
considerarmos a existência como uma aventura de superação.
Hudson
Olá,nossa adoro esse blog,só tem artigo bom,sempre que dá estou passando aqui,depois que meu amigo me recomendo nunca mais deixei de visitar,alguem sabe me falar se assim aqui é bom www.softwarecelularespiao.org ? abraços,assim que der eu volto pra comentar aqui no blog
ResponderExcluirinteressante essa proposta Social de "manter aparências " , atualmente se prendemos a cada coisa, ao mesmo tempo que a vida se tornou fácil e acessível, também se tornou tão volúvel e artificial.
ResponderExcluir" A PA REN TAR "
Hoje em em dia usamos esse verbo quase que instantaneamente e inconscientemente e esquecendo do que realmente somos.
Criamos sentimentos descartáveis e platônicos para satisfação de nosso Egocentrismo e mostrar ao mundo que também podemos viver Amores ideais, mesmo que o amado (a) More na China e você em Japeri,
desenvolvemos apegos e vícios modernos de redes sociais e aparelhinhos mequetrefes eletrônicos , peregrinamos e penamos em busca de um corpo perfeito... e tudo para que ? chamar atenção e se enquadrar numa sociedade que também vive de aparência.
Eu Seria Hipócrita ao dizer que não fico colada no meu celular ou que um dia não suspirei ao receber uma sms de algum amor imortal de outro estado que durou 2 semanas.
Creio eu, que a renovação em si começa com amor próprio, a partir do momento que você desenvolve esse sentimento por si mesmo... pode ser agora ou na hora da morte, tudo se torna diferente pois ai sim você vai poder se reciclar e ser oque quiser sem grilhões nos pés e vendas nos olhos porem, Um sorriso enorme nos lábios.